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Leonardo Augusto Couto Finelli Finelli
Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI
Brasil
Biografía
Samuel Rocha Freitas
Renata Lopes Cavalcanti
Vol. Extr., núm. 12 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Psicopedagogia. Área 12: POLÍTICAS E REFORMAS DO ENSINO SUPERIOR, Páxinas 029-034
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.12.567
Recibido: mai. 20, 2015 Aceito: ago. 19, 2015 Publicado: dez. 11, 2015
Como Citar

Resumo

A docência no ensino superior considera a preparação de pares para a formação e atuação profissional. No Brasil, a docência em Psicologia, é regulamentada a partir da Lei nº 4.119, de 1962, e é regida por dois “senhores”: o Conselho Federal de Psicologia, que transfere parte da atribuição do estabelecimento da estrutura curricular à Associação Brasileira de Ensino de Psicologia – ABEP, e o Ministério da Educação e Cultura – MEC. Ambos impõem as Instituições de Ensino Superior – IES, parâmetros mínimos a construção do curso de Psicologia que foram se atualizando ao longo dos anos. Um desses é de que a carga horária mínima de formação seja de 4050 horas. Não obstante, não há muita determinação sobre quais seriam os conteúdos mínimos e/ou específicos para a integralização da carreira. Consideram que a estrutura curricular deve atentar para a identidade do curso e elementos da regionalidade de onde o mesmo está sendo oferecido. No início desse século, com a abertura política quanto à sanção para o estabelecimento de novas Instituições de Ensino Superior – IES várias novas faculdades e cursos privados foram autorizados em todo o país. Apesar das regulamentações, os custos de montagem e manutenção de um curso de graduação tem promovido a organização de novas matrizes curriculares extremamente econômicas, reduzindo gastos com formação específica em laboratórios e/ou práticas. Tais levam a formação de profissionais pouco capacitados e pouco preparados para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. A presente reflexão discute a qualidade de tais cursos com enfoque na formação em avaliação psicológica. Para tal, analisou as matrizes curriculares dos 767 cursos de Psicologia distribuídos entre os 26 estados e o distrito federal. Foi realizada a coleta das disciplinas referentes à avaliação psicológica: Testes Psicológicos Testagem Psicológica, Técnicas de Exame Psicológico (TEP), Técnicas de Avaliação Psicológica (TEAP), Métodos em Avaliação Psicológica, Optativas em Avaliação Psicológica, Psicometria e/ou seus correlatos. Quanto as matrizes gerais observou-se uma variação de 974 horas à 9700 horas, com uma média 4257,27 horas por curso em todo território nacional. Em análise da carga horária total das matrizes curriculares verificou-se que 0,93% tem até 3000 horas; 5,79% dos cursos tem entre 3001 à 3955 horas; 38,88% dos cursos tem entre 4000 e 4048 horas, valor que margeia o estipulado; 23,55% dos cursos tem entre 4050 horas e 4222 horas; 26,54% vão de 4260 horas até 5000; e 4,30% tem mais de 5000 horas. Considerando o foco da pesquisa quanto a carga horária de avaliação psicológica observou-se uma variação, entre 36 horas (0,90%) à 640 horas (16,00%) na carga horária disponível para a formação específica. Constatou-se uma média de 257,11 horas (6,06%) de carga horária em avaliação psicológica, o que parece pouco, nas considerações dos autores, para a formação em Psicologia ao se assumir que, no Brasil, a avaliação psicológica é atribuição exclusiva do psicólogo. Outras análises considerando aspectos de regionalidade são discutidas no texto completo.

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