Contido principal do artigo

Sabina Valente
Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora
Portugal
https://orcid.org/0000-0003-2314-3744
Abílio Lourenço
Centro de Investigação em Psicologia e Educação do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano
Portugal
https://orcid.org/0000-0001-6920-0412
Vol. 9 (2022), Número monográfico XVI CIG-PP, Páxinas 181-192
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2022.9.0.8900
Recibido: jan. 10, 2022 Aceito: mar. 8, 2022 Publicado: abr. 29, 2022
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Resumo

Vários estudos mostram a relação entre as capacidades da inteligência emocional e a gestão de conflito nas relações pessoais. No entanto, são escassos os que investigam estes constructos na interação professor-aluno. Para colmatar esta lacuna, este estudo teve por objetivo investigar como as capacidades da inteligência emocional do professor influenciam as estratégias usadas para gerir o conflito na aula. Entende-se por estratégias de gestão de conflito os tipos de comportamentos que se adotam para gerir o conflito. A amostra incluiu 431 professores, de escolas públicas portuguesas. Foram aplicados o Questionário de Inteligência Emocional do Professor, e o Rahim Organizational Conflict Inventory II - Portuguese Version in School Context. Usando a técnica de modelação de equações estruturais, os resultados mostraram que os professores que tendem a pontuar mais alto nas capacidades emocionais da inteligência emocional usam mais estratégias de integração e de compromisso para gerir o conflito. Os resultados sugerem que as capacidades emocionais do professor são promotoras do uso de estratégias mais adequadas à gestão de conflitos, em contexto de aula. Em conclusão, o desenvolvimento das capacidades de inteligência emocional dos professores é uma prioridade, dado o seu papel interativo antes e durante o conflito. Neste sentido, defende-se um modelo educativo que dê prioridade às capacidades emocionais na formação inicial de professores, e que promova programas de intervenção que desenvolvam essas capacidades nos professores em serviço, como recurso primordial à gestão de conflitos na relação pedagógica.

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Referências

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