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Manuel Gonçalves Barbosa
Universidade do Minho-Instituto de Educação
Portugal
Biografía
Vol. Extr., núm. 04 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 4: EDUCACIÓN, DESARROLLO Y EXPRESIONES ARTÍSTICAS, Páginas 009-013
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.04.144
Recibido: abr. 18, 2015 Aceptado: ago. 11, 2015 Publicado: oct. 21, 2015
Cómo citar

Resumen

Diante da possibilidade de assistirmos, muito em breve, à definição de uma nova agenda global para o desenvolvimento, certamente, como tudo indica, dando centralidade às pessoas, aos seus problemas e às suas aspirações, e face à iminência de se reafirmar, mais uma vez, o carácter estratégico da educação na realização de agendas desse tipo, conviria averiguar se é chegado o momento de reinvestir a educação com o significado de empoderamento e se essa operação de ressemantização, de amplas consequências teóricas e práticas, pode gerar consensos alargados na comunidade de todos aqueles e aquelas que pensam e fazem educação nos mais variados contextos e ambientes. Como hipótese de trabalho e linha condutora de uma reflexão sobre o fenómeno educativo, a ressignificação da educação como empoderamento na ótica do desenvolvimento pode ser interessante para abrir novos horizontes de investigação educacional e, espera-se, novas formas ou modalidades de operacionalização da educação com pessoas, grupos e coletividades. Ainda assim, importa estar precavido, pois essa articulação da educação com o empoderamento no quadro de orientações programáticas sobre desenvolvimento pode tornar-se equívoca e fonte de debates sem sentido se não se realiza um trabalho de elucidação de tendências e perspetivas, seja no que concerne a relação entre a educação e o desenvolvimento, relação que pode levar, como esperamos mostrar, a abrir a «caixa negra» do empoderamento, seja no que concerne a constituição da educação como ato de empoderamento, quer dizer, como processo que investe no reforço ou aquisição de poder de sujeitos individuais e, eventualmente, de sujeitos coletivos. Só a esta luz cabe discutir os vários modelos que dão corpo à educação como empoderamento e se é realista almejar um consenso alargado em torno desse novo significado de educação no quadro das perspetivas mais abrangentes de desenvolvimento humano. A conclusão deste exercício reflexivo é que tal consenso se revela enganador e a vários títulos problemático, pois estão em presença, digladiando-se, diferentes conceções ideológicas de empoderamento. Seja como for, e numa perspetiva suficientemente ampla de educação para o desenvolvimento, faz todo o sentido ressignificar a educação como processo de empoderamento.

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