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Joana Silva
Ema Mamede
Universidade do Minho
Portugal
Biography
Vol. Extr., núm. 06 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 6: FORMACIÓN DE PROFESORES Y AGENTES EDUCATIVOS, pages 214-218
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.06.588
Submitted: May 20, 2015 Accepted: Aug 13, 2015 Published: Nov 10, 2015
How to Cite

Abstract

Este artigo foca uma experiência de intervenção em sala de aula sobre padrões, com alunos do 2.º ano do Ensino Básico. As tarefas que cada professor seleciona constituem a base para a aprendizagem dos alunos e a sua natureza influencia, de forma significativa, o tipo de trabalho que é desenvolvido na aula de Matemática. A investigação desenvolvida no âmbito da Educação Matemática tem mostrado que as crianças devem ter oportunidade de contactar com experiências algébricas desde a educação de infância, de forma a contribuir para uma contínua formulação de generalizações. Esta exploração da Pré-Álgebra desde o jardim-de-infância deve ser abordada com recurso à exploração de padrões que sejam estimulantes, promovendo a análise e descrição dos mesmos pelas crianças. A exploração de padrões constitui uma estratégia poderosa de resolução de problemas não rotineiros e estes, por sua vez, são um poderoso caminho que envolve os alunos na exploração e formalização de regularidades, levando-os a conjeturar, a verbalizar relações entre os vários elementos do padrão e a generalizar. Contudo, a investigação tem indicado que os padrões são pouco valorizados pelos professores dos anos iniciais de escolaridade, havendo por isso necessidade de divulgar experiências de ensino e intervenções em sala de aula que promovam a integração deste tópico nas práticas de aulas de matemática. Este artigo centra-se na abordagem aos padrões com alunos do 2.º ano do Ensino Básico, analisando como estes reagem a tarefas sobre padrões. Procura-se responder às seguintes questões: 1) Como entendem os alunos tarefas envolvendo padrões de repetição e de crescimento, em contexto de sala de aula? 2) Quais as dificuldades e as facilidades por eles sentidas na resolução destas tarefas? Implementaram-se 4 tarefas de padrões (3 para continuar sequências e 1 para descobrir o intruso). Adotou-se uma metodologia de investigação qualitativa com estudo de casos múltiplos, tendo sido estudados três pares de alunos: um par de alunos competentes em Matemática; outro de alunos razoáveis; e um terceiro de alunos com dificuldades em Matemática. Os resultados revelam que as crianças foram capazes de continuar as sequências propostas e de identificar o elemento que quebra a regularidade numa sequência. A exploração das tarefas em sala de aula constituiu um veículo para resolver problemas e estimular o raciocínio matemático dos alunos, tendo resultado num ambiente de trabalho motivador e interessante para eles. Constituiu também a oportunidade dos alunos desenvolverem a comunicação matemática oral, sendo que a escrita revelou-se ser mais difícil para estes alunos. Os alunos mais competentes em Matemática manifestaram mais facilidade na resolução das tarefas e explicação das suas resoluções, sendo tudo mais difícil para os alunos com mais dificuldades. O rigor na resolução das tarefas, bem como nas suas explicações parece ter evoluído progressivamente em todos os alunos. Surpreendentemente, este trabalho de intervenção possibilitou o desenvolvimento de práticas de sala de aula diferentes do habitual para estes alunos. Serão discutidas algumas implicações educacionais resultantes do desenvolvimento de práticas de sala de aula centrada na resolução de problemas sobre padrões, neste nível de escolaridade.

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