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Manuel Meirinhos
Instituto Politécnico de Bragança - Escola Superior de Educação
Portugal
Vol. Extr., núm. 13 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 13: TECNOLOGÍAS Y COMUNICACIÓN EDUCATIVA, pages 125-129
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.13.453
Submitted: May 18, 2015 Accepted: Aug 21, 2015 Published: Dec 15, 2015
How to Cite

Abstract

A geração Net é a geração de crianças que nasceram depois de 1995. Têm surgido várias designações para caraterizar as crianças que nasceram com o advento da internet. Para além de geração Net, entre as mais divulgadas encontra-se a de nativos digitais e geração Z (Zapping). Considerando uma geração de pessoas, como sendo aquelas que crescem e desenvolvem as suas estruturas mentais num contexto social e tecnológico comum, a geração Net é a primeira geração de crianças que teve acesso (nas primeiras etapas de desenvolvimento) em larga escala às tecnologias de informação digital. São crianças sempre em rede, habituadas a uma socialização online, a partir de dispositivos móveis como telemóveis, tablets, IPAD, computadores portáteis e habituadas a uma evolução tecnológica constante. É  a geração que assistiu ao declínio da televisão como meio de entretenimento e à desatualização de tecnologias como o MP3, o CD e o DVD. Estão sempre ligados e desenvolveram as suas estruturas mentais em presença dessas tecnologias digitais. São crianças digitais, mas na escola subsistem num mundo essencialmente analógico. Diminuíram a sua capacidade de escrita, de argumentação oral, de pensamento abstrato, mas são mais práticos. Desenvolvem as suas estruturas mentais a lidar com imagens, fortalecendo o hemisfério direito em detrimento do hemisfério esquerdo. Por vezes fazem uso menos consciente da tecnologia ou utilizam-na com menor preocupação ética. Torna-se premente identificar os desafios educativos que esta geração coloca. A escola atual, com a sua organização, os seus modos de funcionamento, os seus espaços e tempos de aprendizagem não parece estar capacitada para dar resposta a esses desafios. Sabemos hoje que se podem fazer melhoramentos pedagógicos com inovação icremental, suportados por tecnologias emergentes. A pedagogia pode ser aumentada pela tecnologia quando os processos de aprendizagem se fundamentam em teorias de aprendizagem de raiz construtivista ou socioconstrutivista, como a teoria da flexibilidade cognitiva, teoria da cognição repartida, teoria da aprendizagem social e o conectivismo. Prensky apresentou recentemente um novo panorama pedagógico, baseado na coassociação, visando implicar mais os alunos na sua aprendizagem com as ferramentas digitais, reduzindo ou eliminando a apresentação de conteúdos, mas onde o professor com perguntas guia implica o aluno na aprendizagem. Este tipo de enquadramento pedagógico requer não apenas uma inovação incremental, mas sim uma inovação de disruptiva, com alteração dos processos de aprendizagem escolares. Na Finlândia existem já experiências piloto e parece existir vontade política de até 2020 todas as escolas do sistema educativo funcionarem sem compartimentação disciplinar. É uma nova visão pedagógica da aprendizagem escolar mais orientada para a educação e para os processos criativos da geração Net.

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