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Fabiane Puntel-Basso
Pontifícia Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil.
Biography
Maria Helena Menna Barreto-Abrahão
Lourdes Maria Bragagnolo-Frison
Vol. Extr., núm. 01 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 1: APRENDIZAJE, MEMORIA Y MOTIVACIÓN, pages 078-082
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.01.442
Submitted: May 14, 2015 Accepted: Aug 7, 2015 Published: Oct 26, 2015
How to Cite

Abstract

O papel oficial do aluno no percurso escolar é de aprender, adquirir autonomia ao longo da sua escolarização para formar-se como cidadão e para ter uma futura profissão. Mas nessa posição objetiva existe uma correspondência subjetiva que determina a forma pela qual ele se apropria desse papel. O aluno vive de maneira singular sua integração no mundo da escola em função da sua história de vida, das relações com seus colegas, membros da família, professores, etc. O objetivo desse trabalho foi compreender o processo da aprendizagem autorregulada em alunos do nono ano, último ano de estudos do nível Fundamental de Ensino no Brasil, observando como eles percebem-se e constituem-se como agentes da própria formação no cotidiano de experiências de vida e de aprendizagem. Participaram do estudo dez alunos que frequentavam o nono ano de uma escola da rede pública estadual da cidade de Porto Alegre, RS, Brasil. Foi utilizada uma metodologia de abordagem autobiográfica, inspirada na técnica dos ateliês biográficos de projetos, adaptada aos objetivos da pesquisa. Para compreender as diferentes formas de autorregular a aprendizagem, foram realizadas seis sessões com duração de uma hora cada, efetuadas em grupos de cinco alunos. As etapas dos ateliês envolveram a construção da escrita de si, a compreensão do outro (através da socialização da narrativa autobiográfica) e o balanço da formação no projeto educacional de cada aluno. Os resultados evidenciaram que ao trabalhar com narrativas autobiográficas, tendo como viés a reflexão da escrita narrativa e oral dos sujeitos envolvidos, foi possível perceber a estreita relação entre o sentido individual dos alunos, através do fatos autobiográficos, e o que eles fazem para autorregular sua aprendizagem. A análise de cada etapa do ateliê mostrou que as experiências de vida de cada aluno revelam um nível diferenciado de autorregulação da aprendizagem e de apropriação das estratégias utilizadas no seu processo formativo. Isto é notado quando os alunos atribuem as dificuldades de organização e autorregulação da aprendizagem a variáveis pessoais, como por exemplo, ao fato de não gostarem de fazer as tarefas escolares ou de serem obrigados a frequentar as aulas. Assim, através da compreensão das estratégias autorreguladoras utilizadas na aprendizagem e do grau de envolvimento dos alunos nos ateliês biográficos de projetos, notou-se que as estratégias de autorregulação e a postura do aluno face às aprendizagens estão intrinsicamente ligadas aos fatos autobiográficos de cada um. Por fim, as etapas vivenciadas nos ateliês ajudaram o jovem a compreender como ele se constrói enquanto aluno e como ele se auto-organiza para autorregular sua aprendizagem, para superar obstáculo e para se adaptar o mundo escolar e à vida.

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