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Maria José Carvalho
Universidade de Coimbra / CELGA-ILTEC
Portugal
https://orcid.org/0000-0002-0353-5217
Vol. 19 (2018), Artigos, Páxinas 41-72
DOI: https://doi.org/10.17979/rgf.2018.19.0.4946
Publicado: dez. 30, 2018
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Resumo

Na sequência de um trabalho já elaborado a propósito do modo de representação das vogais na mesma coleção documental (Carvalho 2018), propomo-nos, com este artigo, descrever as grafias adotadas no scriptorium do mosteiro de Santa Maria de Alcobaça para representar os sons consonânticos, ao longo do periodo medieval. O nosso objetivo é decifrar indícios do “conflito” entre o esforço de estandardização e as tradições escritas locais ou regionais, contribuindo, assim, para a elaboração da história da ortografia na Península Ibérica. Com este estudo, baseado numa metodologia quantitativa, pretende-se, portanto, mostrar tendências evolutivas, temporalmente delimitadas e contextualmente condicionadas, que poderão contribuir para provar que a ortografia portuguesa se constituiu diacronicamente, e que é possível delimitar a sua trajetória.

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Referências

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