Bullying ou conflito entre pares? Incidências, características das vítimas e impacto psicológico
Main Article Content
Abstract
Numa investigação sobre o impacto do bullying no Concelho de Viseu questionaram-se 1635 alunos do 3.º ao 12.º ano de escolaridade. Utilizou-se um questionário de autorrelato onde 9.3% referiram sentir-se vítimas e 21.6% indicaram agressões frequentes. O bullying e a agressão frequente apresentam maior incidência no 1.º ciclo e variam de forma diferenciada ao longo da escolaridade. As vítimas de bullying comparativamente com os agredidos de forma frequente apresentam maior isolamento nos intervalos, mais absentismo escolar e menor afeto positivo e bem-estar psicológico. Concluímos que o envolvimento na vitimização tem um impacto negativo, sobretudo nos alunos vítimas de bullying.
Downloads
Article Details
References
Barros, P., Carvalho, J., & Pereira, M. (2009). Um estudo sobre o bullying no contexto escolar. Atas do IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE e III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia, PUCPR, 5738-5757.
Catini, N. (2004). Problematizando o bullying para a realidade brasileira. Tese de Mestrado, Centro de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica, Campinas, Brasil.
Carney, A., & Merrell, K. (2001). Bullying in schools: perspectives on understanding and preventing an international problem. School Psychology International 22(3), 364 – 382.
Carvalhosa, S. F. (2008). Prevention of bullying in schools: An ecological model. Bergen: University of Bergen.
Carvalhosa, S., Moleiro, C., & Sales, C. (2009). A situação do bullying nas escolas portuguesas. Interacções, 13, 125-146.
Cornell, D. G., & Cole, J. C. M. (2012). Assessment of bullying. In S. R. Jimerson, A. B. Nickerson, M. J. Mayer, & M. J. Furlong (Eds.), Handbook of school violence and school safety (pp. 289–304). New York, NY: Routledge.
Costa, P., & Pereira, B. (2010). O bullying na escola: A prevalência e o sucesso escolar. In L. Almeida, B. Silva, & S. Caires (Orgs.), Atas do I Seminário Internacional «Contributos da Psicologia em Contexto Educativo» (pp.1810-1821). Braga: CIEd - Centro de Investigação em Educação. Instituto de Educação da Universidade do Minho.
Currie, C., Roberts, C., Morgan, A., Smith, R., Settertobulte, W., Samdal, O., & Rasmussen, V. B. (Eds). (2004). Young people's health in context. Health Behaviour in School-aged Children (HBSC) study: international report from 2001/2002 survey. Copenhagen: World Health Organization.
Currie, C., Zanotti, C., Morgan, A., Currie, D., Looze, M., Roberts, C., Samdal, O., Smith, R., & Barnekow, V.(Eds). (2012). Social determinants of health and well-being among young people: Health Behaviour in School-aged Children (HBSC) study: international report from 2009/2010 survey. Copenhagen: World Health Organization.
Diener, E., Diener, M., & Diener, C. (1995). Factors predicting the subjective well-being of nations. Journal of Personality and Social Psychology, 69, 851-864.
Eid, M., & Diener, E. (2004). Global judgments of subjective well-being: Situational variability and long-term stability. Social Indicators Research, 65, 245-277.
Fante, C. (2005). Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz (2.º Edição). Campina: Verus Editora.
Felix, E. D., Sharkey, J. D., Green, J. G., Furlong, M. J., & Tanigawa, D. (2011). Getting precise and pragmatic about the assessment of bullying: The development of the California Bullying Victimization Scale. Aggressive Behavior, 37, 234-247.
Fernandes, L., & Seixas, S. (Eds) (2012). Plano Bullying: Como Apagar o Bullying da Escola. Lisboa: Plátano Editora, S.A.
Formosinho, M. D., & Simões, M. C. T. (2001). O bullying na Escola: Prevalência, Contextos e Efeitos. Revista Portuguesa de Pedagogia, 35(2), 65-82.
Freire, I., Simão, A. V., & Ferreira, A. (2006). O estudo da violência entre pares no 3° ciclo do ensino básico – um questionário aferido para a população escolar portuguesa. Revista Portuguesa de Educação 19(2),157-183.
Galinha, I., & Ribeiro, J. (2005). História e Evolução do Conceito de Bem-Estar Subjetivo. Psicologia, Saúde & Doenças, 6(2), 203-214.
Glew, G., Fan, M., Katon, W., Rivara, F., & Kernic, M. (2005). Bullying, Psychosocial Adjustment and Academic Performance in Elementary School. Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, 159, 1026-1031.
Hymel, S., & Swearer, S. M. (2015). Four Decades of Research on School Bullying. American Psychological Association, 70(4), 293–299.
Lewis, A. D., Huebner, E. S., Reschly, A. L., & Valois, R. F. (2009). The incremental validity of positive emotions in predicting school functioning. Journal of Psychoeducational Assessment, 27, 397–408.
Lyubomirsky, S., King, L., & Diener, E. (2008). The benefits of frequent positive affect: does happiness lead to success? Psychological Bulletin, 131(6), 803- 855.
Martin, K. M., & Huebner, E. S. (2007). Peer victimization and prosocial experiences and emotional well-being of middle school students. Psychology in the Schools, 44(2), 199–208.
Martins, M. J. (2005). Agressão e vitimação entre adolescentes, em contexto escolar: um estudo empírico. Análise Psicológica, 4(XXIII), 401-425.
Martins, M. J. (2009). Maus-tratos entre Adolescentes na Escola. Lisboa: Editorial Novembro.
Matos, M., Simões, C., & Gaspar, T. (2009). Violência entre pares no contexto escolar em Portugal, nos últimos 10 anos. Interações, 13, 98-124.
Mega, C., Ronconi, L., & De Beni, R. (2014). What makes a good student? How emotions, self-regulated learning, and motivation contribute to academic achievement. Journal of Educational Psychology, 106, 121–131.
Menesini, E., Moderna, M., & Tani, F. (2009). Bullying and vicyimization in adolescence: concurrent and stable roles and psychological health symptoms. J Genet Psychol, 170(2), 115-133.
Moore, S. E., Normam, R. E., Suetani, S., Thomas, H. J., Sly, P. D., & Scott, J. G. (2017). Consequences of bullying victimization in childhood and adolescence: A systematic review and meta-analysis. World J Psychiatry, 7(1), 60-76.
Nansel, T. R., Overpeck, M., Pilla, R. S., Ruan, W. J., Simons-Morton, B., & Scheidt, P. (2001). Bullying Behaviors Among US Youth: Prevalence and Association With Psychosocial Adjustment. JAMA : The Journal of the American Medical Association, 285(16), 2094–2100.
Olweus, D. (1993). Bullying at school: what we know and what we can do. Oxford: Cambridge.
Olweus, D. (1997). Bully/ victim problems in school: Facts and intervention. European Journal of Psychology of Education, XII (4), 495-510.
Olweus, D., Thyholdt, R., & Braldsnes, A. (2009). Olweus bullying prevention programme. Atas do “XIVth European Conference on Developmental Psychology”. Mykolas Romeris University, Vilnius, Lithuania.
Ostrom, T. M. (1969). The relationship between the affective, behavioral, and cognitive components of attitude. Journal of experimental social psychology, 5(1), 12-30.
Pais-Ribeiro, J. (2009). A importância da qualidade de vida para a psicologia da saúde. In J.P. Cruz, S. N. de Jesus, & C. Nunes (Eds.), Bem-Estar e Qualidade de Vida (pp.31-49). Alcochete: Textiverso.
Pereira, B. (2008). Para uma escola sem violência: estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Pereira, B., Almeida, A., Valente, L., & Mendonça, D. (Eds.). (1996). O "bullying" nas escolas portuguesas: análise de varáveis fundamentais para a identificação do problema (Vol. I). Braga: Universidade do Minho.
Pereira, B., Mendonça, D., Neto, C., Valente, L. & Smith, P. (2004). Bullying in Portuguese schools. School Psychology International, 25(2), 241-254.
Proctor, E., Landsverk, J., Aarons, G., Chambers, D., Glisson, C., & Mittman, S. (2009). Implementation research in mental health services: An emerging science with conceptual, methodological, and training challenges. Adm Policy Ment Health,36, 24–34.
Raimundo, R., & Seixas, S. R. (2009). Comportamentos de bullying no 1º ciclo: Estudo de caso numa escola de Lisboa. Interações, 13, 164-186.
Renshaw, T., Hammons, K., & Roberson, A. (2016). General Versus Specific Methods for Classifying U.S. Students' Bullying Involvement: Investigating Classification Agreement, Prevalence Rates, and Concurrent Validity. School Psychology Review, 45(4), 400-416.
Reschly, A. L., Huebner, E. S., Appleton, J. J., & Antaramian, S. (2008). Engagement as flourishing: The contribution of positive emotions and coping to adolescents’ engagement at school and with learning. Psychology in the Schools, 45, 419–431.
Rigby, K. (1999). Peer victimisation at school and the health of secondary students. British Journal of Educational Psychology, 22, 2, pp 28-34.
Ryff, C. (1989). Happiness is everything, or is it? Explorations on the meaning of psychological well-being. Journal of Personality and Social Psychology, 57(6), 1069-1081.
Ryff, C., & Keyes, C. (1995). The structure of psychological well-being revisited. Journal of Personality and Social Psychology, 69, 719-727.
Ryff, C., & Singer, B. (2008). Know Thyself and Become What You Are: A Eudaimonic Approach to Psychological Well-Being. Journal of Happiness Studies, 9(1), 13-39.
Salmivalli, C., Karhunen, J., & Lagerspetz, K. (1996). How do the victims respond to bullying? Aggressive Behavior, 22(2), 99-109.
Sansone, R. A., & Sansone, L. A. (2008). Bully victims: psychological and somatic aftermaths. Psychiatry, 5(6), 62-64.
Saúde, A. (2011). Bullying e Bem-Estar Psicológico em alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário. Tese de mestrado, Faculdade de Psicologia, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal.
Silva, A., Matos M. & Diniz, J. (2010). Escola e bem-estar subjectivo nas crianças e adolescentes. Revista de Psicologia da Crinaça e do Adolescente, 1, 117-139.
Silva, A. (2010). Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva.
Smith, P., & Sharp, S. (Eds.) (1994). Scholl bullying: insights and perspectives. New York: Routledge.
Solberg, M., & Olweus, D. (2003). Prevalence estimation of school bullying with the Olweus Bully/Victim Questionnaire. Aggressive Behavior, 29(3), 239-268.
Suldo, S., & Huebner, E. (2004). The Role of Life Satisfaction in the Relationship between Authoritative Parenting Dimensions and Adolescent Problem Behavior. Social Indicators Research, 66, 165-195.
Suldo, S., Shaffer, E., & Riley, K. (2008). A social-cognitive-behavioral model of academic predictors of adolescents’ life satisfaction. School Psychology Quarterly, 23(1), 56 – 69.
Swearer, S., Siebecker, A., Johnsen-Frerichs, L., & Wang,C. (2010). Assessment of bullying/victimization: the problem of comparability across studies and across methodologies. In S. Jimmerson, S. Swearer, & D.L. Espelage (Eds.), Handbook of Bullying in Schools: An International Perspective (pp. 305-327). New York: Taylor & Francis.
Thomas, H. J., Conner, J., C., & Scott, J. G. (2015). Integrating traditional bullying and cyberbullying: Challenges of definition and measurement in adolescents – a review. Educational Psychology Review, 27(1), 135–152.
Vechi, A. D. K. (2012). Bullying: o perigo nas escolas.