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Rodrigo Azevedo
CITCEM de la Facultad de Letras de la Universidad de Oporto
Portugal
https://orcid.org/0000-0002-0734-7061
Vol. 26 (2022), Miscelánea, Páginas 109-136
DOI: https://doi.org/10.17979/srgphe.2022.26.0.9242
Recibido: ago. 5, 2022 Publicado: ago. 5, 2022
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Resumen

En 1945 la Educación Nacional, versión salazarista de la Educación totalitaria característica de los regímenes fascistas, estaba ya profundamente implantada en todo el Sistema de Enseñanza Portugués. La mayoría de los liceos eran de asistencia mixta, donde se practicaba una propalada coeducación profundamente vigilada. En este contexto, el Director General de la Enseñanza Liceal envió, a finales de 1945, a los Liceos una encuesta bajo el título de Enseñanza Liceal Femenina. En él se preguntaba a los rectores y los profesores sobre la coeducación, pero también sobre la formación de los profesores, las posibilidades de estos de enseñar a alumnos que no fueran de su sexo e, incluso, problemas de orden salarial. El cuestionario abrió un debate inédito entre los profesores, en los liceos en que los rectores no lo boicotearon, y causó una rara polémica en la prensa del partido único y de la Iglesia, así como en la Asamblea Nacional, que terminó con la dimisión y jubilación del atrevido e incauto Director General.

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Citas

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