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Maria José Remédios
Facultade de Ciencias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Portugal
Vol. 23 (2019), Miscelánea, Páxinas 233-255
DOI: https://doi.org/10.17979/srgphe.2019.23.0.5891
Recibido: dec. 25, 2019 Publicado: dec. 25, 2019
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Resumo

A política educativa salazarista comeza a deseñarse a partir de 1936, substituíndose o Ministerio de  Instrución Pública polo Ministerio de Educación Nacional, que asume educar os nenos, as raparigas e as mulleres portuguesas, encadrándoas nos valores ideolóxicos do Estado Novo, para o que a existencia da muller se confundía coa da familia. Ao corrente dun conxunto de instrumentos legais, de onde se destaca a prohibición da coeducación no ensino primario, son creadas dúas organizacións estatais a Obra das Nais pola Educación Nacional e a Mocidade Portuguesa Feminina (MPF), para asegurar a modelación do carácter das futuras mozas e mulleres portuguesas. Pretendemos mapear actuacións da MPF nun liceu lisboeta, de asistencia estritamente feminina, desde a súa implementación ata aos finais dos anos 60 do século pasado, período durante o cal a frecuencia de actividades da MPF ofrecidas pola escola pasou de obrigatoria a facultativa. Explorando, esencialmente, un conxunto de fontes non traballadas e procesándose o traballo hermenéutico no horizonte conceptual da Historia da Educación das Mulleres, a reconstrución daquelas actuacións permítenos afirmar que, a pesar de plurais, son pensadas para a produción de boas esposas e nais de familia, garantíndose que no liceu fabríquense anxos do fogar .

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Citas

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