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Piedade Vaz-Rebelo
Universidade de Coimbra
Portugal
Biografía
Júlia Morgado
Biografía
Paula Fernandes
Biografía
Carlos Barreira
Biografía
Bruno Jesus
Luciana Cardoso
Rui Soares
Benilde Silva
Vol. Extr., núm. 01 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Psicopedagogia. Área 1: APRENDIZAGEM, MEMÓRIA E MOTIVAÇÃO, Páxinas 123-125
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.01.630
Recibido: mai. 21, 2015 Aceito: ago. 7, 2015 Publicado: out. 26, 2015
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Resumo

Este estudo tem por principal objetivo analisar as perceções de alunos sobre a importância da formulação de perguntas em contexto de aula, sobre as razões que podem estar na base da sua formulação ou, pelo contrário, que podem justificar um possível evitamento dessa mesma formulação. Estudos prévios sobre o tema têm evidenciado que as perguntas dos alunos são pouco frequentes, predominando habitualmente as perguntas do professor. No entanto, há também evidências que apontam para o impacto positivo que as perguntas dos próprios alunos pode ter no seu envolvimento e nas suas próprias aprendizagens. Justifica-se por isso o interesse em compreender os motivos que podem estar subjacentes à formulação de perguntas mas que também podem constituir possíveis barreiras ao processo. O presente estudo foi desenvolvido numa amostra de 85 alunos do 3º ciclo do ensino básico, com idades compeendidas entre 13 e 16 anos. Foi utilizado um questionário de resposta aberta sobre o tema, incidindo em tópicos como a frequência de questionamento nas aulas, o tipo e razões desse mesmo questionamento, as respostas dos professores às perguntas dos alunos ou possíveis barreiras ao processo. A análise de conteúdo dos dados evidenciou que os alunos consideram muito importante o seu próprio questionamento e que formulam perguntas para esclarecer dúvidas e compreender melhor os assuntos. Ainda segundo os alunos, os professores procuram responder às dúvidas formuladas, predominando as respostas directas às questões. No entanto, referem também que raramente formulam perguntas em contexto de aula por vergonha, medo de ser ridicularizado ou insegurança quanto à pertinência da mesma. Os resultados obtidos apontam para a existência de razões divergentes subjacentes à formulação ou inibição do questionamento, predominantemente cognitivas, no primeiro caso, e socioafectivas, no segundo. O estudo foi desenvolvido no âmbito da atividade de um grupo colaborativo de professores, estudantes da formação inicial de professores e investigadores em educação associado ao Open Course Pupils Questions in Science Education, visando promover o desenvolvimento profissional docente com base na reflexão e investigação sobre temas educativos.

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