“Kosi ewe, kosi orisa” (Sem folha não há orixá): vivências ecológicas em um terreiro de candomblé
DOI:
https://doi.org/10.17979/ams.2015.02.020.1703Palavras-chave:
etno-pesquisa-ação, candomblé ketu, educação ambiental, sagrado, transdisciplinaridadeResumo
A presente etnopesquisa-ação teve lugar no Ilè Àsè Opó Osogunlade (Ilê Axé Opô Oxogum Ladê), terreiro de candomblé de nação Ketu – localizado no estado de Sergipe, região nordeste do Brasil, liderado pelo Babalaxé Reginaldo Daniel Flores (Ogun Tóòrikpe), sacerdote de Ogum. A pesquisa investigou as possíveis relações entre a cosmovisão africana, suas práticas culturais e os fundamentos e práticas de Educação Ambiental, bem como as formas de produzir e compartilhar conhecimentos no supracitado terreiro. Como estratégia de construção coletiva de conhecimentos, a pesquisa visou possibilitar vivências pedagógicas naquele terreiro por meio de 03 oficinas (oficina-diagnóstico /oficina orixás-natureza /oficina de Educação Ambiental) e 02 entrevistas com sacerdotes representativos da nação ketu no Brasil, que articularam os princípios da Educação Ambiental e os princípios/valores do candomblé de nação ketu. O sujeito pesquisador coletivo optou por um método de intervenção coletiva, permeada pela dimensão afetiva, baseado nos princípios da etnopesquisa-ação e inspirado nas técnicas de tomada de decisão, que associou pesquisadores e atores sociais num procedimento conjunto de transformação de uma dada realidade e de compartilhamento de conhecimentos entre uma tradição cultural (terreiro de candomblé ketu) e os saberes acadêmicos, reafirmando, assim, a importância de um diálogo intercultural de conhecimentos.
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