Educação Ambiental na Amazônia: das representações sociais às práticas pedagógicas cotidianas
Barra lateral do artigo
Contido principal do artigo
Resumo
Historicamente, o contexto amazônico, com suas memórias de resistência e protesto político, foi e continua sendo um espaço de construção de possibilidades para o enfrentamento dos diversos problemas ambientais impostos a essa região. Os imaginários sociais de sua população refletem as relações que surgem a partir da biodiversidade e do multiculturalismo que a integra. Da mesma forma, redefine a cultura local e as práticas cotidianas de mulheres e homens que habitam a Amazônia. Nesse sentido, nosso interesse em (re) conhecer as representações sociais da Educação Ambiental que norteiam as práticas pedagógicas escolares e comunitárias de professores, com formação em Pedagogia, que atuam nas etapas iniciais da Educação Básica na rede pública municipal de Castanhal- Pará, Brasil. A contribuição teórico-metodológica da pesquisa foi norteada pelas contribuições da Teoria das Representações Sociais. Recorreu-se ao questionário, complementado pelo grupo de discussão e observação participante para levantamento das informações da pesquisa, na qual participaram 121 docentes. Nos resultados mais significativos destacamos as principais formas de acesso ao discurso ambiental e às concepções de Educação Ambiental que norteiam as práticas cotidianas dos protagonistas da pesquisa.
Palavras-chave:
Downloads
Detalles do artigo
Referências
Alexandre, M. (2004). Representação Social: uma genealogia do conceito. Comum, 10(23), 122-138.
Almeida-Val, V. M. (2006). A Amazônia não é só paisagem!. Ciência e Cultura, 58(3), 24-26.
Alves, N. (2003). Cultura e cotidiano escolar. Revista Brasileira de Educação, 23, 62-74.
Althusser, L. (1974). Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado. Lisboa: Editorial presença.
Andrade, F. M. (2012). Los pedagogos y las representaciones sociales acerca de la educación ambiental: un estudio en el contexto de la Amazonía brasileña. In S. M. CALVO, J. L. Castro & R. M. Ytarte (Orgs.), La Pedagogía Social en la Universidad Investigación, formación y compromiso social, pp. 511-521.
- València: Nau Llibre (2014). Educação Ambiental na Amazônia: um estudo sobre as representações sociais dos pedagogos, nas escolas da rede pública municipal de Castanhal-Pará (Brasil). Tese de doutorado. Universidade de Santiago de Compostela (USC).
Arruda, A. M. (1996). Uma contribuição às novas sensibilidades com relação ao meio ambiente: representações sociais de grupos ecologistas e ecofeministas cariocas. Tese de doutorado não publicada. Universidade de São Paulo.
- (2002). Teoria das representações sociais e teorias de gênero. Cadernos de Pesquisa, 117, 127-147.
Arto, M.; Barba, M.; Andrade, F. M. R.; Melo, É., C. (2012). A ciência e a cultura comum nas representações sociais das mudanças climáticas: contribuições à educação e à comunicação. Anais do I Simpósio de estudos e pesquisas em Ciências Ambientais na Amazônia, p. 28. Belém: UEPA.
Calixto-Flores, R. (2008). Representaciones sociales del medio ambiente. Perfiles educativos, 30(120), 33-62.
Carvalho, I. C. (2004). Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez.
Carvalho, I. C. & Farias, C. R. (2011). Um balance da produção cientifica em educação ambiental de 2001 a 2009 (ANPEd, ANPPAS e EPEA). Revista Brasileira de Educação, 16(46), 119-134. (2005). A invenção do sujeito ecológico: identidade e subjetividade na formação dos educadores ambientais. In M. SATO & I. C. CARVALHO (Orgs.), Educação Ambiental: pesquisa e desafios, pp. 51-63. Porto Alegre: Artmed.
Castells, M. (1999). A era da informação: economia, sociedade e cultura. Vol. II. O poder da identidade. São Paulo: Terra e Paz.
Cunha, M. C. (2007). Relações e dissensões entre saberes tradicionais e saber cientifico. Revista USP, 75, 76-84.
Durkheim, É. (1967) De la división del trabajo social. Buenos Aires: Schapire.
Flament, C. & Rouquette, M-L. (2003). Anatomie des idées ordinaires. Paris: Armand Colin.
Fraxe, T. P. (2004). Cultura cabocla-ribeirinha: mitos, lendas e transculturalidade. São Paulo: Annablume.
Fraxe, T. P., Witkoski, A. C. & Miguez, S. F. (2009). O ser da Amazônia: identidade e invisibilidade. Ciência e Cultura, 61(3), 30-32.
Freire, P. (1979). Conscientização: teoria e prática da libertação. Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes.
Gallo, S. (2010). Educação: entre a subjetivação e a singularidade. Educação, 35(1), 229-244.
Jodelet, D. (2001). Representações sociais: um domínio em expansão. In D. JODELET (Org.), As representações sociais, pp. 17-44. Rio de Janeiro: EdUerj.
Kawasaki, C. S. & Carvalho, L. M. (2009). Tendências da pesquisa em Educação Ambiental. Educação em Revista, 25 (3). Acesso em 18 de maio de 2012, disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982009000300008&script=sci_arttext
Leis, H.R. & D’ Amato, J. L. (1995). O ambientalismo como movimento vital: análise de suas dimensões histórica, ética e vivencial. In C.
Cavalcanti (Org.). Desenvolvimento e Natureza: estudos para uma sociedade sustentável, pp. 77-103. São Paulo: Cortez.
Loureiro, J. P. (1997). Cultura Amazônica: uma poética do Imaginário. Belém/PA: CEJUP.
Meira, P. (2010). Las representaciones sociales: problemática ambiental global y educación ambiental. In M. Torres-Carrasco (Org.), Investigación y educación ambiental: apuestas investigativas pertinentes a los campos de reflexión e intervención en educación ambiental, pp. 45-69. Bogotá: Corantioquia, Ministerio de Educación Nacional y Universidad de Antioquia.
Moscovici, S. (1979). El psicoanálisis su imagen y su público. Buenos Aires: Huemul.
- (1990). Social psychology and developmental psychology: extending the conversation. In G. Duveen & B. Lloyd (Orgs.), Social Representations and the Development of Knowledge, pp. 164-185. Cambridge: Cambridge University Press.
- (2010). Representações sociais: investigações em psicologia social (7a. ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Pelicioni, A. F. (2002). Educação ambiental: Limites e possibilidades de uma ação transformadora. Tese de doutorado não-publicada. Universidade de São Paulo.
- (2006). Ambientalismo e educação ambiental: dos discursos às práticas sociais. O mundo da saúde, 30(4), 532-543.
Reigota, M. (1990). Les représentations sociales de l’environnement et les pratiques pédagogiques quotidiennes des professeurs de Science a Sao Paulo–Brésil. Tese de doutorado não publicada Université Catholique de Louvain.
- (2001). Meio Ambiente e representação social (4a. ed.). São Paulo: Cortez.
- (2011). A floresta e a escolar. Por uma educação ambiental pós-moderna (4a. ed.). São Paulo: Cortez.
Sauvé, L. (2005). Uma cartografia das correntes em educação ambiental. In M. SATO & I. C. Carvalho (Orgs.), Educação ambiental: pesquisa e desafios, pp. 17-45. São Paulo: Artmed.
Silva, R. L. (2010). Leitura de imagens da mídia e educação ambiental: contribuições para a formação de professores. Educação em Revista, 26(2), 277-298.
Silva, T. T. (2001). Espacios de identidad: nuevas versiones sobre el currículum. Barcelona: Octaedro.
Spink, M. J. (1993). O conceito de representação social na abordagem psicossocial. Cadernos de Saúde Pública (ENSP. Impresso), 9(3). Acesso em 25 de maio de 2012, disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1993000300017
Terrón, E. & González-Gaudiano, E. (2009), Representación y medio ambiente en la educación básica en México. Pesquisa em Educação Ambiental, 4(1), 11-36.
Tozoni-Reis, M. F. (2008). Educação ambiental: natureza, razão e história (2a. ed.). Campinas: Autores Associados.