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Camila Alves Fior
Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP
Brasil
https://orcid.org/0000-0002-4789-6137
Vol. 9 (2022), Número monográfico XVI CIG-PP, Páginas 284-301
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2022.9.0.8904
Recibido: ene. 10, 2022 Aceptado: mar. 16, 2022 Publicado: abr. 29, 2022
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Resumen

As universidades públicas brasileiras utilizam, além dos vestibulares, os resultados em Olimpíadas Científicas para a seleção de ingressantes. Tais estudantes, apesar do desempenho de destaque em avaliações específicas, enfrentam desafios na adaptação ao ensino superior, resultantes de interações entre aspectos sociais, institucionais, pessoais, com implicações no sucesso acadêmico. Os objetivos deste estudo são analisar as diferenças na adaptação ao ES e na autoeficácia em função do background escolar e relacionar a adaptação e as crenças de autoeficácia de medalhistas em Olimpíadas Científicas que ingressaram no ensino superior durante a pandemia de Covid-19. Participaram do estudo 41 universitários que foram admitidos nos anos de 2020 e 2021 por meio de processo seletivo para Medalhistas. Desses, 80.5% são homens e 48.8% são egressos da rede pública de ensino. Os voluntários responderam o Questionário de Adaptação ao Ensino Superior e a Escala de Autoeficácia na Formação Superior, sendo os dados analisados pela estatística inferencial. Dos resultados destaca-se que os egressos da educação pública descrevem níveis mais baixos na adaptação ao estudo. Houve correlações positivas e que variaram de fracas a moderadas entre adaptação ao ES e autoeficácia. Os achados reforçam a relação conceitual entre os construtos e sugerem que a promoção do sucesso acadêmico enfatize as variáveis psicológicas e os suportes financeiro e acadêmicos aos ingressantes medalhistas.

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