Justiça ambiental e o caso das comunidades quilombolas de Oriximiná/PA: por uma crítica contemporânea da Educação Ambiental
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Resumo
O artigo pretende elucidar questões relacionadas ao pensamento ecológico contemporâneo, filosófico, antropológico e social relacionado à Justiça Ambiental, trazendo para o debate o caso das comunidades de Oriximiná/PA junto com uma profunda crítica aos paradigmas dominantes do conhecimento ambiental e da própria Educação Ambiental. A investigação aponta que a justiça ambiental, assim como, a educação ambiental se estabelecem no espaço que é do conflito, da disputa pela reapropriação da natureza e da cultura, onde natureza e cultura resistem frente à imposição de valores e processos ao se transformarem em valores de mercado. No Brasil, as “populações tradicionais” vêm sendo ao longo de décadas, deslocadas de suas terras para dar lugar a represas, projetos de mineração, agricultura em grande escala, construção civil, turismo de massa, retirada de madeira e rodovias, muitas vezes com base no paradigma da “propriedade”.
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