Integração de crianças recém-chegadas a Portugal numa escola do 1º ciclo de escolaridade
DOI:
https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.08.311Keywords:
Diversidade Cultural, práticas escolares de inclusão, escolaridade básica, práticas escolares de receção/acolhimento escolar, alunos recém- chegados, relação escola-famíliaAbstract
Num tempo caraterizado pela diversidade cultural, a escola tem também de desenvolver uma perspetiva inclusiva e de ser um espaço aberto a todos e para todos, apoiando-se numa ideologia abalizada pelo princípio da democracia e igualdade o que significa que a diversidade que existe na escola, nos seus múltiplos aspetos, tais como as diferentes línguas, religiões e costumes tem de ser objeto de práticas pedagógicas que contemplem as necessidades de todos. O presente artigo aborda a problemática do acolhimento e da integração de alunos provenientes de diferentes nacionalidades através do acompanhamento de várias crianças numa escola do 1º ciclo de escolaridade localizada na região da grande Lisboa, onde os alunos de origem não portuguesa correspondem a cerca de dez por cento da população escolar. O principal objetivo da investigação é procurar compreender quais as práticas escolares inerentes aos processos de receção e integração face aos alunos recém-chegados. Metodologicamente, esta pesquisa utiliza uma abordagem etnográfica, incidindo o processo de recolha de dados na observação participante. Também foram realizadas conversas informais com os professores e pais donde resultaram informações que completaram o registo de campo. Através de um acompanhamento de proximidade em locais diversificados, como o recreio e o refeitório a investigação focou-se no processo de integração escolar de nove crianças recém- chegadas a Portugal, que ingressaram na escola anos letivos 2011/2012 e 2012/2013 destacando-se as seguintes dimensões: Notas biográfica; Entrada na escola: Início do processo escolar; Convívio com os adultos; Problemas e necessidades do dia a dia. O grupo de alunos pertence à faixa etária entre os 7 e 10 anos de idade e são falantes de diferentes línguas maternas. Devido a essa situação foram sujeitos a um teste diagnóstico de modo a aferir-se o seu nível de proficiência linguística. A análise de dados teve como referência três momentos: descrição, análise e interpretação e permite desde já concluir que estes nove alunos ingressaram todos na escola de forma muito similar, obedecendo aos mesmos procedimentos: matricula no ano de escolaridade correspondente ao que já frequentavam no seu país. Também o seu primeiro dia de aulas decorreu de forma semelhante. Acompanhados por um familiar apresentaram-se na sala onde conheceram a professora e os colegas, iniciando a sua vida escola no dia seguinte. Neste processo a família demonstrou interesse e tentou sempre acompanhar a integração do aluno no novo ambiente, comparecendo sempre que convocada pela professora e auxiliando o aluno, de acordo com as suas possibilidades, na realização dos trabalhos de casa. A escola preocupa-se com que haja igualdade de acesso, no entanto não tem, nem desenvolve projetos diferenciados para facilitar a integração dos alunos recém - chegados. Emergindo que os principais agentes de inclusão são os alunos portugueses ou estrangeiros com mais tempos de permanência, os professores e os auxiliares de educação. As rotinas simples da vida escola são aprendidas informalmente entre pares no contexto exterior à sala de aula.Downloads
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