Contido principal do artigo

Henrique Monteagudo Romero
Universidade de Santiago de Compostela / Instituto da Lingua Galega
Espanha
https://orcid.org/0000-0002-0682-4524
Vol. 20 (2019), Artigos, Páxinas 91-119
DOI: https://doi.org/10.17979/rgf.2019.20.0.5921
Publicado: dez. 31, 2019
Como Citar

Resumo

Como se sabe, ao lado de uma série de formas átonas, no galego-português o pronome pessoal de primeira pessoa dispunha das formas tónicas oblíquas min e , que podaim exercer as funções de complemento direto e indireto, bem regidas pela preposição a ou bem sem preposição. Nos cancioneiros, as formas átonas podem aparecer representadas como <me>, <mi> e <m> em A e como <me>, <mi>, <mh> ou <m> em B /V, enquanto as formas tónicas aparecem como <mi>, <mỹ> <mĩ> ou <min> em A, e como <mi>, <mĩ>, <mj>, <mj͂>, <min> ou <mjn> em B / V. A diversidade de grafias e a ambiguidade de algumas delas deram lugar a frequentes confusões sobre o sistema pronominal oblíquo de primeira persoa e sobre a interpretación precisa de algumas ocorrências. No presente contributo concentrar-nos-emos nos problemas referentes às formas min e oblíquas tónicas libres, isto é, sem preposição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

##plugins.generic.paperbuzz.loading##

Detalles do artigo

Referências

Ali, Manuel Said (1966). Gramática Histórica da Língua Portuguesa (6ª edición). São Paulo: Melhoramentos.

Cancioneiro da Ajuda (1994). Lisboa: Távola Redonda.

Cancioneiro da Biblioteca Nacional (Colocci Brancuti). Cod. 10991. Reprodução facsimilada (1982). Lisboa: Biblioteca Nacional / Imprensa Nacional – Casa da Moeda.

Cancioneiro Português da Biblioteca Vaticana (Cód. 4803) (1973). Lisboa: Centro de Estudos Filológicos / Instituto de Alta Cultura.

Carter, Henry (1975). Cancioneiro da Ajuda. A Diplomatic Edition. New York: Klaus Reprint.

Dias, Epiphanio da Silva (1970). Sintaxe Histórica Portuguesa (5ª edición). Porto: Livraria Clássica.

Huber, Joseph (1984). Gramática do Português Antigo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Machado Filho, Américo V. Lopes (2009). Um «Flos Sanctorum» trecentista em português. Brasília: Universidade de Brasília.

Maia, Clarinda de Azevedo (1986). História do Galego-Português. Estado lingüístico da Galiza e do Noroeste de Portugal desde o século XIII ao século XVI. Coimbra: Instituto Nacional de Investigação Científica.

Marreiros, Rosa (2012). Chancelaria de D. Dinis. Livro II. Coimbra: Terra Ocre.

Martins, Ana Maria (1994). Clíticos na História do Português. Lisboa: Universidade de Lisboa. Dissertação de Doutoramento inédita.

Martins, Ana M. (2001). Documentos Portugueses do Noroeste e da Região de Lisboa. Da Produção Primitiva ao Século XVI. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Martins, Ana M. (2004). “Ambiguidade estrutural e mudança linguística: a emergência do infinitivo flexionado nas orações complemento de verbos causativos e perceptivos”. En Ana M. Brito, O. Figueiredo / C. Barros (eds.), Linguística Histórica e História da Língua Portuguesa. Actas do Encontro de Homenagem a Maria Helena Paiva. Porto: Universidade do Porto, 197-225.

Mattos e Silva, Rosa V. (2008). O Português Arcaico. Uma Aproximação. 2 vols. Lisboa: Imprensa Nacional / Casa da Moeda.

Mettmann, Walter (ed.) (1981). Afonso X o Sábio. Cantigas de Santa Maria, 2 vols. Vigo: Edición Xerais de Galicia.

Michaëlis de Vasconcellos, Carolina (1920). “Glossário do Cancioneiro da Ajuda”, Revista Lusitana, 23 (1920), 1-95.

Michäelis de Vasconcellos, Carolina (1990). Cancioneiro da Ajuda. Edição crítica e commentada, 2 vols. Lisboa: Imprensa Nacional / Casa da Moeda.

Molteni, Enrico (1880). Il Canzoniere Portoghese Colocci-Brancuti, pubblicato nelle parti che completano il Codice Vaticano 4803. Halle: Max Niemeyer.

Monaci, Ernesto (1875). Il Canzoniere Portoghese della Biblioteca Vaticana. Halle: Max Niemeyer.

Monteagudo, Henrique (2013). “«Cuita grand’e cuidado» (A 32) / «Coita grand’e coydado» (B 174). Estratigrafía da variación lingüística nos cancioneiros trobadorescos”, Boletín da Real Academia Galega, 374, 207-299.

Monteagudo, Henrique (no prelo): “Variación e cambio lingüístico no galego-portugués (s. XIII-XIV): os clíticos me / mi e lle / lhi e outras formas en <-e> final”, Boletín da Real Academia Galega 380.

Nobiling, Oskar (2007 [1907]). “Acerca do Texto e da Interpretação do Cancioneiro da Ajuda”. En Oskar Nobiling, As cantigas de D. Joan Garcia de Guilhade e estudos dispersos. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 173-218.

Nogueira, Bernardo Sá (2003). O Livro das Lezírias d’El Rei Dom Dinis. Lisboa: Universidade.

Nunes José Joaquim (1975). Compêndio de Gramática Histórica Portuguesa. Fonética e Morfologia (8ª edición). Lisboa: Livaria Clássica.

Paxeco Machado, Elza / Machado, José Pedro (1949-1964). Cancioneiro da Biblioteca Nacional. Antigo Colocci-Brancuti, 8 vols. Lisboa: Revista de Portugal.

Pensado, Carmen (1995). “La creación del complemento preposicional y la flexión de los pronombres personales en las lenguas románicas”. En Carmen Pensado, El complemento directo preposicional. Madrid: Visor, 179-233.

Rodríguez, José L. (1980). El cancionero de Joan Airas de Santiago. Santiago: Universidade.

Silva, Maria Cristina Vieira da (1997). “As construções causativas em textos notariais dos séculos XIII e XIV”. En Ivo Castro (ed.), Actas do XIII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (Braga-Guimarães 1996), vol. II, 289-295.

Sousa Fernández, Xulio C. (1998). Estudio diacrónico das construcións con mandar como verbo de orde en galego. Santiago: Universidade de Santiago de Compostela. Tese de doutoramento inédita.

Sousa Fernández, Xulio C. (2004). “O comportamento da construcción causativa deixar + infinitivo en galego”. En Teresa Amado Rodríguez et al. (eds.), Iucundi acti labores : estudios en homenaje a Dulce Estefanía Álvarez. Santiago de Compostela: Universidade de Santiago de Compostela, 187-192.

Sousa Fernández, Xulio C. (2012). “Esquemas causativos en galego, portugués europeo e portugués brasileiro”. En Xoán Lagares / Henrique Monteagudo (eds.), Galego e português brasileiro: história, variação e mudança. Niterói: Universidade Federal Fluminense; [Santiago de Compostela:] Universidade de Santiago de Compostela, 175-190.

Stengaard, Birte (2003). “El uso libro de los pronombres personales tónicos oblicuos en el gallego-portugués medieval: características sintácticas e implicaciones diacrónicas”. En Fernando Sánchez Miret (ed.), Actas del XXIII Congreso Internacional de Lingüística y Filología Románica. Tübingen: Max Niemeyer, vol. II, 425-433.