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André Santachiara Fossaluza
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP)
Brasil
https://orcid.org/0000-0001-9785-2055
Pâmela Buzanello Figueiredo
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP)
Brasil
https://orcid.org/0000-0001-7559-8682
Jorge Sobral da Silva Maia
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)
Brasil
https://orcid.org/0000-0003-4066-738X
Vol. 02 N.º 020 (2015), Educação ambiental, nas escolas e universidades, Páxinas 687-702
DOI: https://doi.org/10.17979/ams.2015.02.020.1633
Recibido: jun. 10, 2016 Publicado: dez. 14, 2015
Como Citar

Resumo

A intervenção humana no ambiente, sob o modo capitalista de produção, é permeada por disputas pela apropriação do patrimônio ambiental entre grupos humanos com diferentes interesses. Nesse modelo, impactos ambientais são também sociais, políticos, éticos e econômicos - fortalecendo a tese de que ele deve ser superado. Assim, a Educação Ambiental (EA) crítica é um elemento-chave por enfrentar as injustiças socioambientais, sendo a escola fundamental ao permitir a apropriação das objetivações humanas e a realização de ações educacionais contínuas, características que permitem processos educativos de qualidade. Nesse sentido, objetivamos discutir a descontinuidade e o esvaziamento da dimensão educativa da EA escolar. Com dados de estudos do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental (GPEA) da UNESP/Bauru/SP/Brasil, observamos que a EA escolar tende a ser pontual, com projetos, campanhas, palestras, seminários e oficinas, ou seja, acontece de forma descontínua e esvaziada da dimensão educativa. Nesse cenário, consideramos que a EA deve se constituir como tema nuclear no currículo, superar o conservadorismo, ter fundamentação teórica crítica e primar pela dimensão educativa. O avanço proposto pode gerar os elementos para elucidar a luta pela apropriação ambiental e a dicotomia nas relações sociedade/natureza, rumo a sua superação e à emancipação humana..

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Referências

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