Main Article Content

Susana Pinho-Botelho
Universidade dos Açores
Portugal
Biography
Maria Mendes
Universidade dos Açores
Portugal
Suzana Nunes-Caldeira
Universidade dos Açores
Portugal
Osvaldo Silva
Universidade dos Açores
Maria José D. Martins
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre
Portugal
Célia Barreto-Carvalho
Universidade dos Açores
Portugal
Vol. Extr., núm. 02 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 2: CONFLICTOS Y MEDIACIÓN ESCOLAR, pages 001-006
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.02.115
Submitted: Mar 27, 2015 Accepted: Aug 8, 2015 Published: Oct 20, 2015
How to Cite

Abstract

A praxe académica é um acontecimento iniciático que envolve estudantes veteranos e calouros. Este evento traduz-se numa prática académica simbólica que, aparentemente, tem como intuito auxiliar a integração do recém-chegado no meio académico, ajudando-o na sua adaptação. Porém, em Portugal, episódios violentos, humilhantes e com consequências graves têm sido reportados, sobretudo nestes últimos anos, reacendendo o debate sobre a praxe e o seu papel no âmbito da comunidade estudantil. Diante desta controvérsia, o atual estudo visa compreender o modo como estudantes de duas instituições de ensino superior português percepcionam a sua relação com a praxe académica. Participaram no estudo 456 estudantes do 1º Ciclo de Estudos, da Universidade dos Açores e da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre. Os dados foram recolhidos através da escala de “Avaliação das Situações de Bullying nas Praxes do Ensino Superior”, que é composta por 15 itens, organizados em três dimensões: Relação Positiva com a Praxe, Relação Negativa com a Praxe e Dimensão Social. Os resultados obtidos com recurso a um conjunto de técnicas estatísticas apropriadas permitiram-nos verificar que na escala global existem diferenças significativas (U=14992.00; p=0.00) entre a Universidade dos Açores (mUA=74.99) e a Escola Superior de Educação de Portalegre (mESEP=216.22), sendo os desta última mais elevados. Deste modo, os estudantes de Portalegre evidenciam melhor relação com a praxe, comparativamente aos dos Açores. Ainda em termos da escala global, e comparando as duas instituições tendo em conta o ano que os alunos frequentam, observa-se que existem diferenças com significado estatístico nos resultados ao nível do 2º (mUA=45.18; mESEP =75.48; U=791.50; p=0.000) e do 3º ano (mUA=50.61; mESEP =63.88; U=1250.5; p=0.037), igualmente mais elevados nos estudantes de Portalegre. Passando à análise de resultados por dimensão, observa-se a existência de diferenças significativas entre os resultados da Universidade dos Açores e da Escola Superior de Educação de Portalegre na Relação Positiva com a Praxe (mUA=177.98; mESEP=243.53; U=14968.5; p=0.000) e na Dimensão Social (mUA=197.93; mESEP=244.73; U=18892.5; p=0.000), sempre mais elevados em Portalegre. No seu conjunto, os resultados permitem presumir que os estudantes da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre relatam ter melhor relação com praxe académica do que os da Universidade dos Açores.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details