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Gaspar Ribeiro Rodrigues
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Brazil
Biography
Lorraine Albina Tomáz
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Brazil
Vol. Extr., núm. 04 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 4: EDUCACIÓN, DESARROLLO Y EXPRESIONES ARTÍSTICAS, pages 005-008
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.04.129
Submitted: Apr 12, 2015 Accepted: Aug 11, 2015 Published: Oct 21, 2015
How to Cite

Abstract

O presente texto apresenta um relato de prática pedagógico-musical desenvolvida com crianças entre 8 e 9 anos de idade discentes de uma instituição pública de educação básica localizada no município de Uberlândia, estado de Minas Gerais. As atividades ocorreram no primeiro semestre de 2012, tendo sido ministradas por uma professora licenciada em música e observadas por dois bolsistas de iniciação à docência – ambos alunos da licenciatura em música de uma universidade. Os dados das observações foram registrados em cadernos de campo e em suportes audiovisuais. Desse material foram extraídas as informações que comporão este relato cujo fim propõe uma reflexão acerca da potencialidade do ensino de instrumento musical em grupo no âmbito das aulas de Artes na educação básica. Considera-se, para tanto, alguns aspectos que distinguem essa das demais escolas públicas da região tanto no que diz respeito à sua estrutura administrativa e de pessoal, quanto às estruturas física e de material disponíveis no espaço onde as aulas são ministradas. No primeiro quesito, há de mencionar que a instituição em questão é um Colégio de Aplicação inserido na configuração de uma universidade federal. Sendo assim, possui o privilégio de ter seus recursos financeiros repassados diretamente pelo governo federal, e não pelos governos estaduais e municipais, como é o caso das demais escolas públicas. Os professores, em sua maioria, possuem titulações de mestrado e doutorado e contam com apoio de profissionais de áreas como serviço social e psicologia. A estrutura física da escola é propícia ao desenvolvimento das aulas específicas por contar com laboratórios equipados de acordo com a necessidade de cada área. No caso das Artes, três salas “ambiente” são disponibilizadas aos docentes com formação específica em artes visuais, música e teatro. A sala ambiente de música, por sua vez, está equipada com aparelhos de áudio e vídeo, acessórios e instrumentos sonoros diversificados – como percussão, flautas doces e violões. Nos primeiros anos do ensino fundamental, os alunos têm uma aula de Artes por semana em turmas de até quinze alunos, e a cada ano letivo, assistem a duas linguagens artísticas – uma no primeiro semestre e a outra no segundo. Durante o período supracitado, as aulas de Artes dos quartos anos do ensino fundamental foram ministradas pela professora de música, cuja opção metodológica foi a de ensinar de violão em grupo. As atividades foram desenvolvidas visando o fazer musical coletivo associado ao desenvolvimento de habilidades sociais. Foram observadas manifestações de orientação, avaliação, estímulo, gratificação e aprovação mútuas, advindas, sobretudo, do anseio dos sujeitos em aprender a tocar um instrumento. Em uma das cenas, é perceptível como o aprendizado fora facilitado e o objetivo alcançado coletivamente graças às interações sociais entre os alunos. Este texto mostra, portanto, que as condições adequadas de trabalho como estrutura física e de material propícias, duração condizente com a proposta e número razoável de alunos por turma, aliados a princípios de aprendizagem colaborativa em grupo fazem do ensino coletivo de instrumento musical uma alternativa potencial para as aulas Artes na educação básica.

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