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Katia Maria Martinho Rabelo
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Brazil
Laurinda Ramalho de Almeida
Vol. Extr., núm. 06 (2015) - XIII CIG-PP, XIII Congreso Internacional G-P de Psicopedagogía. Área 6: FORMACIÓN DE PROFESORES Y AGENTES EDUCATIVOS, pages 091-095
DOI: https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.06.231
Submitted: Apr 29, 2015 Accepted: Aug 13, 2015 Published: Nov 10, 2015
How to Cite

Abstract

A ação de professores tutores é uma prática amplamente realizada nas escolas da Espanha desde a Ley de Ordenación General del Sistema Educativo (LOGSE, 1990). No Brasil os sistemas de ensino preveem a atuação de Coordenadores Pedagógicos, Orientadores Educacionais e Psicólogos no apoio a alunos e professores. Em contrapartida, recentemente o Professor Tutor tem se tornado um novo ator nas escolas de nível básico. Ainda em número reduzido, essa atividade não é regulamentada, nem tampouco determinada pelos sistemas de ensino no país. Esta comunicação, como parte de uma pesquisa para o título de Mestre em Educação: Psicologia da Educação, buscou compreender o que seria a atividade de tutoria a ser realizada nos anos finais de Ensino Fundamental no Brasil. No levantamento documental sobre os pressupostos de Tutoria, foi utilizado como referencial a literatura presente na Espanha e no México, onde, a partir de 1990, foi inserida a prática de professores tutores em todos os níveis da escola básica. O estudo buscou um avanço teórico ao entrecruzar esse referencial à psicologia genética de Henri Wallon, que considera a imbricada relação entre as diversas dimensões do indivíduo (conjunto afetividade, cognição e ato motor) e ainda o papel do meio como parte integrante da constituição dos indivíduos que dele fazem parte, numa relação de dependência e transformações mútuas. A partir desses referenciais, o estudo em questão ouviu, por meio de entrevistas semiestruturadas, dois professores tutores que atuam em duas instituições de ensino particular da  cidade mais populosa do Brasil, a cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo. A análise das entrevistas, categorizadas em explicitação de significados, sentimentos percebidos pela entrevistadora e os revelados pelos entrevistados, permitiu ratificar o que a literatura espanhola e mexicana defendem sobre a atuação de tutores e ainda as defesas do referencial teórico walloniano. O estudo indicou que, assim como é observado na Espanha e no México, o apoio oferecido aos alunos pelos professores tutores, no momento em que esses vivem as transformações próprias do estágio da Adolescência e Puberdade, qualifica o processo de aprendizagem e os apoiam sobremaneira. As entrevistas indicaram ainda que essa ação pressupõe uma responsabilidade do coletivo dos professores e que o papel articulador do tutor possibilita uma ponte entre docentes, equipe escolar, estudantes e famílias, em prol do melhor desenvolvimento acadêmico, emocional, social e integral dos alunos. Como não estava no escopo do problema desta pesquisa, ao final ainda restaram perguntas sobre quais seriam os impactos da ação de tutoria na qualidade das aprendizagens dos alunos e a possibilidade desta ação estar presente nas escolas públicas brasileiras. Na percepção dos entrevistados a presença do Professor Tutor na rede educacional pública brasileira, a rede educacional predominante no país, encontraria dificuldades de ordem financeira para sua efetivação, uma vez que demanda formação continuada dos docentes e investimentos nas instituições educacionais para viabilizar os encontros entre os professores e ainda recursos físicos e estruturais para que os professores acompanhem os alunos.

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